Maior Aula de Natação . 2013
INVERNO – A importância de nadar e se exercitar nesta época do ano.
O analista financeiro Eduardo Gumiero, de 31 anos, tinha crises freqüentes de bronquite desde a infância. Por indicação médica, passou a praticar natação, depois ficou um período sem nadar, e de uns anos para cá voltou a praticar com freqüência, tornando-se um triatleta.
“Sem dúvida a natação melhorou muito minha capacidade respiratória, inclusive melhorando o meu desempenho na corrida e evitando as crises”, revela o esportista que, ocasionalmente, precisa usar a bombinha de ar quando pratica exercícios físicos fora da água. “Graças à natação, as crises estão cada vez mais espaçadas”, comemora.
O ambiente aquático possui princípios físicos, como a pressão hidrostática (força da água exercida sobre o corpo), que melhora o sistema cardiorespiratório graças ao deslocamento sangüíneo das regiões periféricas para a região central do tórax, onde estão o coração e os pulmões.
Estudos revelam que esta ação direta da pressão da água sobre o tórax aumenta em cerca de 60% o trabalho respiratório. Por isso, um dos grandes benefícios da natação é a prevenção de doenças respiratórias. A pressão hidrostática exige maior esforço para inspirar e expandir os pulmões, portanto, só o fato de estar com o corpo submerso, já faz com que o praticante realize um fortalecimento da musculatura respiratória.
Além disso, crianças com bronquite e asma brônquica podem ter a postura retraída e a natação ajuda a corrigir defeitos posturais e deformidades toráxicas, pois fortalece e alonga toda a musculatura de tronco, com conseqüente melhora pulmonar. “A musculatura do diafragma e os músculos da cintura escapular são exigidas constantemente durante os movimentos, conferindo ritmo e qualidade à respiração do praticante”, explica Fernando Amaral, educador físico e especialista em fisiologia pela Universidade de São Paulo (USP).
O caso da professora Iracema Pereira Alvarez, de 41 anos, ainda é mais contundente. Devido às crises freqüentes de bronquite alérgica desde a infância, provavelmente desencadeada por problemas emocionais e carências nutricionais, a professora chegava a ficar com os lábios roxos e as pontas dos dedos pretas durante as crises de bronquite.
“Não tinha condições de nadar quando criança e só passei a praticar natação a partir de 14 anos de idade, quando entrei para o segundo grau, no Cefet”, conta.
Na época, Iracema nadava duas horas e meia por dia, substituindo assim as aulas convencionais de educação física, que desencadeavam as crises. “Não fosse a natação, o ambiente úmido e quente da piscina e o meio saudável do esporte, não teria a qualidade de vida que tenho hoje, tanto física quanto emocionalmente”, acentua.
A natação foi tão importante para a saúde física e emocional de Iracema que ela resolveu devolver os mesmos benefícios às outras pessoas: há 20 anos é professora de natação na Amaral.
As pesquisas revelam também que a natação é o exercício que menos induz ao broncoespasmo gerado por exercício, demonstrando que crianças asmáticas que começaram a nadar reduziram o uso de medicamentos e de consultas ambulatoriais, melhorando as crises e a qualidade de vida.
É que os movimentos repetidos com os membros superiores trabalham a expansão da caixa toráxica, facilitando a respiração da criança. Sem falar que o ambiente aquecido e úmido da piscina faz com que as secreções sejam eliminadas mais facilmente, substituindo a inalação. Assim, a natação utilizada como método auxiliar terapêutico vai agir de forma fundamental para diminuir ou acabar com as crises de falta de ar.
Apesar da notória fama da natação como terapia contra a asma e bronquite, ainda é comum as pessoas fugirem da piscina por causa do cloro químico usado no tratamento da água. Realmente, os produtos que compõem o cloro de piscina podem causar rinite, sinusite, conjuntivite e até atrapalhar no tratamento das doenças respiratórias.
Por esta razão, a Escola de Natação Amaral utiliza sal em vez de cloro para tratar a água, eliminando o problema. “Como a salinização tem custo maior, ainda existem locais que usam cloro nas piscinas”, alerta o educador Fernando Amaral.
Normalmente durante o inverno o tempo fica mais seco e a umidade relativa do ar permanece baixa. A recomendação de Médicos é de redobrar os cuidados com a saúde.
Os efeitos da baixa umidade do ar são facilmente percebidos, principalmente no inverno, provocando complicações respiratórias devido ao ressecamento de mucosas (lábios, boca, garganta e nariz), da pele, e irritação dos olhos. Além disso, doenças alérgicas e do trato respiratório como, asma, rinite e sinusite sofrem maior incidência. Crianças e idosos devem receber maior atenção, principalmente em pacientes com problemas cardíacos e respiratórios, pois apresentam maior suscetibilidade à estes agentes.
O tempo seco permite ainda, uma maior concentração dos poluentes gasosos na atmosfera, potencializando os efeitos destes sobre a saúde da população.
Pra aqueles que desejam se exercitar e manter a boa forma, quando a umidade do ar está muito baixa, a orientação é não fazer exercícios físicos entre 10 horas da manhã e 16 horas, em locais ao ar livre. Uma ótima opção para manter a boa forma sem prejudicar a saúde é a Natação, que praticada em piscina coberta, mantém uma alta umidade do ar, umidificando vias aéreas além de manter um ambiente fechado à poluição urbana.
Serviço
Escola de Natação Amaral
Rua Joaquim da Silva Sampaio, 303 Mercês
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